Num tom provocativo, a coluna do Consultor Jurídico escrita por Lenio Streck discute as implicações da inteligência artificial em nossa cultura e educação. O autor argumenta que a dependência excessiva de ferramentas de IA, como assistentes virtuais e softwares de automação, pode levar a uma espécie de atrofia intelectual em indivíduos. Em vez de incentivar o raciocínio crítico e a resolução de problemas, a IA pode criar uma comodidade perigosa que resulta em um desapego do aprendizado e da prática da autocorreção.
Streck observa que a inteligência artificial, apesar de seu potencial, é uma ferramenta que, em mãos erradas, pode promover a superficialidade nos processos de pensamento. Esta crítica se aplica não apenas a estudantes, mas a profissionais de diversas áreas que começam a confiar suas tomadas de decisão a softwares de IA, chegando ao ponto de se tornarem incapazes de responder a questões simples sem a assistência da tecnologia.
A análise de Streck provoca um debate crucial sobre até onde devemos permitir que a tecnologia substitua a capacidade humana de pensamento, questionamento e aprendizado. Ele defende que, embora a IA possa fornecer benefícios significativos em eficiência e produtividade, devemos estabelecer limites para seu uso, assegurando que a educação e o desenvolvimento de habilidades críticas continuem a ser uma prioridade nas instituições. O texto conclui que, se não formos cuidadosos, a IA pode ser uma desvantagem, sendo mais um obstáculo do que uma ferramenta de auxílio ao raciocínio.
Fonte: Consultor Jurídico