O backlash da grande feitiçaria que é a inteligência artificial

A inteligência artificial tem se revelado uma força importante na transformação de diversas indústrias, mas sua ascensão não vem sem desafios. Este fenômeno contemporâneo chamou atenção não apenas por suas capacidades inovadoras, mas também pelas repercussões sociais e éticas que suscita. Em um artigo publicado recentemente, o jurista Lenio Streck discute os efeitos controversos e as tensões que emergem desse novo paradigma.

Streck afirma que a “grande feitiçaria” da inteligência artificial pode criar um abismo entre as expectativas sociais e a realidade das tecnologias. Ele observa que, com a adoção crescente de algoritmos em decisões significativas, há um risco real de exacerbar desigualdades. Além disso, ele lança luz sobre a necessidade de regulamentar essa “feitiçaria” para mitigar os efeitos adversos, que vão desde preconceitos embutidos até a falta de soluções inclusivas.

O autor alerta para a urgência de debates éticos amplos e inclusivos na formulação das políticas públicas sobre IA, garantindo que a criação desses sistemas tecnológicos considere aspectos essenciais como a justiça social e o bem-estar humano. Um exemplo disso é a questão do acesso à educação sobre novas tecnologias, que deve ser amplamente democratizada para que todos possam participar ativamente da nova economia digital.

Outra preocupação importante levantada por Streck é o uso irresponsável de dados pessoais para treinar algoritmos, resultando em invasões de privacidade e manipulação da informação. Ele conclui seu artigo fazendo um chamado à ação para que os formuladores de políticas criem um marco que preserve direitos individuais, ao mesmo tempo em que promove a inovação responsável.

Fonte: Consultor Jurídico

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