Com o panorama em constante mudança do mercado de trabalho global, a inteligência artificial vem desempenhando um papel ambíguo e contraditório. Ao mesmo tempo que a tecnologia baseada em IA tem criado novas oportunidades e funções, também é verdade que está eliminando uma quantidade significativa de empregos, uma vez que muitas tarefas rotineiras estão sendo automatizadas. Este fenômeno, discutido pelo especialista Henry Chandonnet na Fast Company Brasil, revela uma nova fase da revolução laboral que, se não for gerida corretamente, pode causar uma devastação econômica.
Chandonnet argumenta que os atuais desenvolvimentos em IA estão redesenhando o espaço de trabalho. Muitas profissões conhecidas, especialmente aquelas que envolvem tarefas repetitivas e previsíveis, estão em risco de serem completamente substituídas por máquinas que realizam essas atividades com maior eficiência. Adicionalmente, mesmo áreas que antes eram consideradas seguras, como o atendimento ao cliente e até profissões que demandam um certo grau de complexidade, estão começando a adotar soluções de IA que podem operar com menos supervisão humana.
Contudo, o autor aponta que, embora a IA esteja tomando conta de algumas funções, ela também está sendo desenvolvida para criar novas oportunidades. Funções relacionadas ao desenvolvimento, manutenção e supervisão dessas tecnologias estão em alta demanda. Assim, os trabalhadores precisam realinhar suas habilidades e conhecimentos para se adaptarem a este novo paradigma, enfatizando a importância de requalificação e formação contínua.
Além disso, o artigo sugere que as empresas devem se preparar para o futuro de maneira ética, considerando não apenas a eficiência e o lucro que a IA pode proporcionar, mas também a responsabilidade social de garantir que a transição para um modelo de trabalho mais automatizado seja feita de forma que beneficie o maior número possível de pessoas. Nesse sentido, a colaboração entre governos, academia e indústria se torna fundamental para moldar um futuro que não apenas navegue as águas da inovação, mas que o faça com um compromisso genuíno com a inclusão e a equidade.
Fonte: Fast Company Brasil